sábado, agosto 20, 2005

Acróstico Segundo

Sem sonhos um dia de lágrimas
Envolto por seres apáticos
Muito se ouve na canção da alma

Penumbra nuvens negras por seu fim
Remanescente lasso lúbrico
Entorpecer da carne sangra em mim

Ascensão evanescente de ti
Semblante celestial visagem
Esmanecer da alegria em mim
Umbroso laço que me invade

Lacrimosa canção em seu tom
Atingido o propósito – alma [...]
Dádiva da doce Ode o som
Oneroso presente – falta [...]

terça-feira, julho 26, 2005

Rapsódia

Ouço o desespero do silêncio, em mil vozes, familiares vozes ecoam na insanidade do vazio. Uma legião de monstros presa, enquanto só, tento ser eu mesmo [Scars of the old stream]. Por uma simples alegria já é distante meu desejo – é breve o paraíso.

domingo, julho 17, 2005

Poese

Desço a síntese da emoção, a inópia da canção, paixão de um sonhador.
Ide a teu encontro, horas somente, na arte a sétima - e na luz Alves a ave - Castro voa meu amor.

Canto Primeiro - 5

Começarei pedindo desculpas
Por cada lágrima que fiz rolar,
E todos os sonhos que te privei,
Mesmo que tempo possa curar.

Ouço o silêncio e fito no tempo
Brando sorriso... Reluz dos negros cachos
Soltos ao vento ou – seu próprio astro

Maestro tempo rege a vida.
Uma Ode singela e querida
Sufoco-me, rasgo o meu grito.
Astro eterno, luz infinita.

quinta-feira, maio 19, 2005

Canto Primeiro - 4

Como direi que fui feliz?
Pois agora é real meu prazer
Estou no sonho que eu sempre quis
Desejando a vê-lo imortal

Por tantos anos tenho pensado assim
Em meus olhos distantes no horizonte
Das noites em mim - eternas - irrelutante.

Como guardião do maior desejo,
- Desejo do homem - fica aqui!
Seja eterno, meu maior desvelo.
Por todas as palavras menos o "se".

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Desvelo

Todo valor a glória de poder
Dos que amo a paz e saber
Que no dia que eu chorar
Terei amigos, sonhos de pessoas
Que afagam nas minhas tristezas
O desvelo é minha fortuna
Sonhos de amigos sonhos de pessoas

13:50 - Sexta-feira, 4 de outubro

(...)

Sonho todos os dias contigo
Nas noites quando durmo estamos juntos
Se a morte é como um sono anseio por ela
Morro todas as manhãs ao me despedir de você
Vejo sua beleza e abro os meus olhos
Tateando o espaço, fito sua face
Faço do sorriso teu meu sorriso, sem graça
Pinga sobre o mármore da mesa no lago cristalino
Nas ondas dos seus cabelos o minuano frio
Fio a fio teço o que anseio
Da terra sob meus pés firmo a esperança
Sobreposta a expressão das mãos acaricio minha tristeza
Desejo estar presente a cada desejo seu
Tão seu e tão próximo que sinto seu abraço
Cada minuto grito por você em meu silêncio
Sempre te amei e nem sei seu nome

15:53 - Sexta-feira, 28 de março de 2003

A espada e o coração

A espada que cala o coração
Piedosa em glória ou vil?
Ouviu dizer do sofrido ancião,
Que queima sem ferir e fere por quemar.

Do sol desafinado, finado por amar,
Portanto e quanto termo
Afáveis dias, a esmo...

Buscará o que todos queriam
Buscará o bem querer

Tropeçando no caminho
Chega ao fim o sofrimento,
Amável; Agradável; momento.

segunda-feira, janeiro 31, 2005

O que é vazio?

Você conhece alguém vazio? E se conhece como esta pessoa anda por ai? Consegue ficar de pé e sair?
Não sei, às vezes eu me sinto muito vazio, mas fico a me questionar sobre tanta intriga, desejos, medos, enfim tudo aquilo que minha mente por muitas vezes não entende. E há horas que eu sinto como se fosse explodir e as vozes são distantes; tampo os ouvidos e estou só. -Sei que estou aqui, mas onde estão todos? Que barulho é este? (...) Ah! É apenas o silêncio.
Tenho visões de pessoas aqui neste mundo, elas passam e às vezes tentam falar comigo. O que é mais estranho é por muito não entendo o que elas falam, e tenho plena certeza que não entendem nadinha de minhas palavras.
O que é vazio? Quanta questão... Quanto tempo deve ser necessário para que eu jogue tudo que me mata aos poucos? Quanto tempo demora a ser vazio?
-Oi! Oi! Você! Você me entende?

quinta-feira, janeiro 20, 2005

Paradoxo da Lua

Maldito semblante que odeio
Do egoísmo digo bélico
Em tu repousa o que anseio
Piedoso veneno benéfico

Dias raros de um minuto que vim
Tão recente quanto a um passo
Do acaso ao acaso fim
De igual valor é o descompasso

Sublime discrição da angústia
Impenetrável redenção amor
Se fácil como eu gostaria
Não teria pobreza com a dor

Ao ganhar-te com um beijo
Conscientemente eu já sabia
Por não dominar meu desejo
Ao ganhar-te eu te perdia

Época de colheita

Seu fim... Só; frio e triste. Cego ao ver-te no espelho, sem nada. E os amigos de suas coisas, onde estão?
Toda mágoa foi semeada, é época colheita! Quem já esteve sob o sabre, eu já estive e sei, que nada é tão funesto quanto a mágoa. Passamos por um teste de força; de sanidade, na borda do surto. Desarmado agora; desejo o que é comum, só que a vida dita as regras: É como um bumerangue que sempre volta para você.
O lamentável é ser muito tarde, mudanças demoram muito. Uma vida toda não foi suficiente, água não vira vinho (...).
Ouço ao fundo uma boa canção... E você?
...Narcissistic Funeral.