segunda-feira, outubro 25, 2004

Canto Primeiro - 3

De estrela que era pra muitos,
Mas pra mim, não, tinha um coração!
Há olhar, enamorar, com intuito...
Há imaginar de minha emoção.

Por horas, os olhos eu não tirava
Como eu buscasse a essa questão!
Me amava? Ou só imaginação?

Dúvidas essas alegres eram
Visto que tive umas que não são
Recentes estas tristezas deram
Só das antigas toda emoção.

terça-feira, outubro 19, 2004

Canto Primeiro - 2

Antes da aurora, falo do lembrado.
Vazio preenchido com nada
De desejo vulgar desonrado.
Vida a esmo, abandonada!

Como se das trevas a luz resgatado.
Com o ar nos pulmões fora abençoado,
Manto delgado e imortalizado.

Como sorriso um tão belo pode ser?
Vivace sua designação,
Com um olhar de nunca esquecer.
Toda amor de grande coração.

Canto Primeiro - 1

O amanhecer dum comum dia
Inesperado ido almejado.
Por não ter nada, nada assim servia!
Da alegria nua, ser regatado!

Pela primeira vez a vida me traria
O que sempre esteve ao meu lado
Talvez por ironia, ser de meu passado.

Cândido chega o fim deste dia
De negro adorno meu pendor
Sufoca ora minha alegria
Amenizando um tanto meu ardor

quinta-feira, outubro 14, 2004

(...)

Sou tudo que amor criou
Serei tudo pelo ódio que me consome
Sangra... Lágrimas do paladar gélido
Fatias que palpitam em meu prato, alimenta-se de minh’alma!
Minha sanidade caçoa de minha agonia
Deitado sob o sabre, sobre a cama, sob minha tristeza
Razão pela qual a falta fere a vida

00:25 - Quart-feira, 23 de janeiro de 2003

domingo, outubro 10, 2004

Acróstico

Profundo semblante sossegado
Envolto negro véu soturno
Renovo perceptível fado

De porcelana pele pálida
Enevoada sublime visão
Repouso em sono plácido

Angústia? Alma lavada, limpa!
Sossegada eterna glória
Utopia real encontrada
Amor seu nome e memória

Visto que todos os de verdade
Incumbência comum, desvelo.
Dádiva da divina bondade
Almejando para si o mesmo

Já sem lágrimas

Naqueles dias olhava o céu, com sua perfeição. E já não havia lágrimas que poderei sangrar; não havia vida que poderei viver; nem morte que se fizeste parar. A angustia fria abraçou-me, acalentou-me com agonia e sons funestos ao ouvido, e, como num sonho tudo era evanescente (Uma sensação que suspendera o coração). Às vezes no delírio do desejo entre as nuvens um sorriso... Ao gritar não ouvia minha voz, mas sentia a garganta queimar, e neste instante agradecia que a dor sustenta o tempo, onde a sentia em meus braços mais uma vez.

13:25 - Sexta-feira, 5 de setembro de 2004


"O estado de arrogância é o apogeu da ignorância, pois um poeta é feito de sensibilidade e não só de conhecimento."

Banalização da poesia

É o que vejo muito:
A Internet é uma ferramenta de comunicação muito poderosa, embora mal utilizada. Os internautas com seu poder de fogo se põem a disparar seus torpedos ordinários em todas as direções (Return-path), encaminhando suas mensagens sem sentido algum. Não se dão nem ao luxo de conhecer um pouco a pessoa que recolhera seu E-mail. Enchendo assim sua lixeira com toda agressão.

"O estado de arrogância é o apogeu da ignorância, pois um poeta é feito de sensibilidade e não só de conhecimento."