terça-feira, setembro 14, 2010

Desolação e conforto

Arranco arrebatadamente meu grito, me assusto com a proposta que meu coração indaga em ouvir por sim.
Do desejo de tornar ausente o "escárnio das esperanças desfeitas".
Que porventura de optar pelo inconsolável impreciso caminho, remetido em um infinito de amarguras sem alma.
O que não tenho ou pelo que tenho em grandiosidade em enumeras sentenças, que são alegria e tormento pelos desejos e sonhos "o que tiver ser será", das esperanças repostas do que por alento é de certo.
O que já foi dito e hoje é fato, que espero pela consolidação do que assegura, sendo também fato, que é comum vosso desejo.

terça-feira, agosto 24, 2010

Abrangente

Sinto muitíssimo sua falta, mesmo sem nunca ter partido.
Muitas vezes você sai e eu choro sem me controlar.
Já tentei te prender, não deixar ver, encobrir, esconder.
Porém você é sempre mais forte e rompe o impossível.
O que te faz ser, esse enorme querer incontrolável?
E se eu te tenho tanto, o que me falta?
Um dia quem sabe descubra o inconcluso,
o sem fim.

sexta-feira, agosto 06, 2010

Enigma-quatro

Os dias são cheios de risos ausentes e
um sopro sonho da fumaça de meu cigarro,
no etério espelho olhar,
amargo o beijo na boca em suas mentiras.
Joga na minha cara a sua culpa,
mas vive de devaneios e
fala como se fato de ser humano
seja um erro e que há vergonha em conter.
Eu sempre ergo minha bandeira mesmo
antes de ter do fato felídeo funesto e a pequena
e delicada face da leoa na cidade de torres.
As quatro faces viradas em quatro cantos e opostos,
verá que a cruz espalha em se e pronto,
a quinta-essência do pensamento.

terça-feira, julho 20, 2010

Do apogeu

Na celestial soberania,
onírico e desejo envolto,
na mais sublime forma
vivo ao ar dos deuses.

Mas como posso ouvir-des?
Um som que vem dos imundos,
secos e apáticos pobres.

Será o supremo que faz préstimo?
Que mortal de ouro a voz,
cuja a curiosidade por saciar tenho,
cuja o desejo pode possuir.

Vejo-me escravos das visitas
ao vosso jardim, resignado e feliz.

sim, posso ouvir-des.

quinta-feira, junho 10, 2010

Espelhos

Vejo-me forte
Acho que é meu desejo
Vejo-me alegre
Quando lembro que já fui
Vejo-me sorridente
Dos amores que perdi
Vejo-me com sorte
Mas juro que não me lembro
Vejo-me entre espelhos
Tentando ver mais longe
Vejo-me perdido
E quase já me encontrei
Vejo-me de olhos fechados
Assim vejo-me bem
Vejo-me ao seu lado
Apenas você que não me vê

- A data aproximada desta composição é entre 2002~2003, pois estava na pasta de outros na média de tempo, é bom ver as coisas antigas, memóriais esquecidas nas gavetas.

domingo, abril 18, 2010

Fluir

Quando juntas enumeras sentenças cujo sacrifício inflige o desolar, ao instante que inspira-se a razão, um momento prévio do esparge. Onde o palpável entre os dedos escoa e não se é mais simplesmente tão forte.
Que venha ser o possível alento, limpeza, o resgate, a válvula de escape, por um sorriso que se perdera no tempo, por um lugar, por um momento, por um vida ou um sentimento. Que infelizmente não pode se prever, não pode se dosar, a transcendência, a forma mais pura é simples da presença ou da falta de.

domingo, abril 04, 2010

Maldissera

Antes de qualquer coisa, antes das palavras suas, conseguiria em seu olhar ler, entre seus olhos o contrair, bem antes que o rolar de suas lágrimas chegarem, sabia que a maior tristeza que podia atingir-lhe vinha de mim. Logo eu que tinha seu coração, sua alegria e seu amor, mas causara em você de todas a maior dor. As primeiras palavras são como facas arremessadas, "Eu confiei em você" e repetia... Mesmo sua tristeza é amável e a forma como é ferida, pois observar sua paixão em prantos é angustiante, é vivo.

quinta-feira, abril 01, 2010

Elo

Acordei entre as lágrimas e cinzas vagando entre muitos rostos tristes, um elo onde a dor unia os corações. Como é se acorda para um pesadelo?
Tantas vezes tentei ouvir sua voz, e tentar é, renova a esperança que possa sentir sua presença, que possa abrandar o coração. Por muito se vê a desolação a há coisas que nossos olhos teimarão em acreditar, tudo esta perdido com um silêncio que fere a ferro com sua maior agonia, uma grande ausência avassaladora e tão voraz que tudo fica lento [...] A esperança se esvai. Um sinal e recebo a resposta que podes ouvir meu chamado e surge a força de onde nem imaginava, não estar só neste momento é muito importante, e ter o sonho comigo é extraordinário, principalmente você que me protege quando estou caído, que me ergue e que por tanto busquei em sonhos de voar. E tudo que é belo e tênue se faz presente em sua compaixão eloquente e caroável. Nascer é abrir o olhar e ver você sob a primeira luz.

sexta-feira, março 19, 2010

O inexorável

Da mesma forma que queria desviar meu coração de amar você e poder controlar o inexorável. Por ora minha mente vaga em pensamentos nos quais torna se impossível só guardar o que sinto sem me causar grande angústia. Como outrora dito, a simples alegria podem em tenro. Como seria viver em um mundo onde tocar em você, não torna o ato desrespeitoso, visto que por grande esforço por me conter tenho, não que queira mais que por meu peito junto ao seu e fechar meus olhos. A este ponto do pensamento sobre o fato desejado, me refiro ao instante dirijo esta, a cena que me vem a mente é algo similar a nostalgia extrema, tênue e em muitas vezes inefável, imagine quando se tem um grande vontade de gritar, e é como se o fizeste e mesmo assim o mundo em volta segue firme enquanto este universo simplesmente para: lágrimas, sorrisos, lugares, dias em instantes, tudo que já foi dito, escrito e tocado. E por tudo que possa existir entre todas as coisas, uma, única, singular, coisa não muda, o inexorável.

terça-feira, março 16, 2010

Neutral

Âmago inóspito e inebrio
Noturno nefasto em si
Aranzel de venusto brio
Kafkiano domino sutil
Antanho arnês em peta
Raso propendo emitis

Empunhas um sabre de mil almas
Náufragos do sangue que vestes
Inominável pungente sensação
Não ouvir a voz durante o grito
A luz que cega amantes aflitos

segunda-feira, março 15, 2010

Sete dias

Entre diversos olhares e olhos
de paciência falível e fadado ao silêncio.
Conflito de vozes em zumbido,
faces estranhas de hábito comum
e me pego em logro buscando você.
De forma peculiar me atento ao fato
de que sua presença é mais que uma
conquista e quase ouço sua canção.
Antiga canção salva o dia,
inesperada e sempre amada.